LONDRES, 4 Ago (Reuters) - Os preços do petróleo caíram para o seu mínimo numa semana, esta segunda-feira, após a OPEP+ ter concordado com outro grande aumento da produção em Setembro, embora os investidores tenham permanecido cautelosos quanto a novas sanções contra a Rússia.
Os futuros do petróleo Brent LCOc1 caíram 1,55 dólares, ou 2,2%, para os 68,12 dólares por barril às 1254 TMG, o seu mínimo desde 23 de Julho, enquanto o petróleo West Texas Intermediate CLc1 caiu 1,72 dólares, ou quase 2,6%, para os 65,61 dólares.
Ambos os contratos perderam cerca de 2 dólares na sexta-feira.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os seus aliados, conhecidos como OPEP+, concordaram, no domingo, em aumentar a produção de petróleo em 547.000 barris por dia para Setembro.
O último de uma série de aumentos acelerados da produção, com o objectivo de conquistar quota de mercado, esteve em linha com as expectativas do mercado e marca uma inversão total e antecipada da maior parcela de cortes na produção do grupo, que ascende a cerca de 2,5 milhões de barris por dia, ou cerca de 2,4% da procura global.
Os analistas da Goldman Sachs esperam que o aumento real da oferta dos oito países da OPEP+ que aumentaram a produção desde Março seja de 1,7 milhões de barris por dia, porque outros membros cortaram a produção após terem produzido em excesso.
Os investidores também continuaram a digerir o impacto das últimas tarifas norte-americanas sobre as exportações de dezenas de parceiros comerciais e permanecem cautelosos quanto a novas sanções dos Estados Unidos contra a Rússia.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, ameaçou impor tarifas secundárias de 100% aos compradores de crude russo, numa altura em que procura pressionar Moscovo a parar a sua guerra na Ucrânia.
Pelo menos dois navios carregados com petróleo russo destinado a refinarias na Índia foram desviados para outros destinos após as novas sanções dos Estados Unidos, disseram fontes comerciais na sexta-feira e mostraram fluxos comerciais da LSEG.
Cerca de 1,7 milhões de barris por dia de oferta de crude estarão em risco se as refinarias indianas deixarem de comprar petróleo russo, escreveram os analistas do ING.
No entanto, duas fontes do governo indiano disseram à Reuters, no sábado, que o país continuará a comprar petróleo da Rússia, apesar das ameaças de Trump.
Texto integral em inglês: nL1N3TV05T