
LONDRES, 1 Ago (Reuters) - Os preços do petróleo registaram poucas alterações, esta sexta-feira, e encaminharam-se para um ganho semanal, com os investidores a avaliarem o impacto de novas tarifas e sanções do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Os futuros do petróleo Brent LCOc1 caíam 0,35 dólares, ou 0.49%, para os 71,35 dólares por barril às 1039 TMG. O petróleo West Texas Intermediate CLc1 caía 0,37 dólares, ou 0.53%, para os 68,89 dólares.
Os preços estabilizaram na sexta-feira, após perderem mais de 1% na sessão anterior, embora o Brent e o WTI tenham permanecido a caminho para ganhos semanais de 4,3% e 5,7%, respetivamente.
Os investidores concentraram-se no potencial impacto das tarifas dos EUA sobre os preços do petróleo esta semana, com as taxas de tarifas sobre os parceiros comerciais dos Estados Unidos definidas para entrar em vigor a partir da próxima sexta-feira.
Trump assinou uma ordem executiva, na quinta-feira, impondo tarifas que variam de 10% a 41% sobre as importações dos Estados Unidos de dezenas de países e territórios estrangeiros que não conseguiram chegar a acordos comerciais até ao prazo de 1 de Agosto, incluindo Canadá, Índia e Taiwan.
Entre os parceiros que conseguiram garantir acordos comerciais contam-se a UE, a Coreia do Sul, o Japão e o Reino Unido.
Os preços foram também apoiados esta semana pelas ameaças de Trump de impor tarifas secundárias de 100% aos compradores de crude russo, procurando pressionar a Rússia a parar a sua guerra na Ucrânia, alimentando o receio com a potencial perturbação dos fluxos comerciais de petróleo e a retirada de algum petróleo do mercado.
Os analistas do JP Morgan afirmaram, na quinta-feira, que a ameaça de sanções de Trump contra a China e a Índia por causa das suas compras de petróleo russo colocam potencialmente em risco 2,75 milhões de barris por dia de exportações russas de petróleo marítimo. A China e a Índia são o segundo e o terceiro maiores consumidores mundiais de crude, respectivamente.
Alguns analistas, no entanto, continuam preocupados com o facto de as taxas norte-americanas limitarem o crescimento económico através do aumento dos preços, o que pode pesar na procura de petróleo.
Os dados da inflação de Junho, na quinta-feira, mostraram sinais de que as tarifas existentes já estão a fazer subir os preços nos Estados Unidos, a maior economia do mundo e o maior consumidor de petróleo.
Texto integral em inglês: nL1N3TT075