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PETRÓLEO-Preços ganham com riscos geopolíticos e receios com inventários

Reuters17 de jul de 2025 às 11:48

Por Seher Dareen

- Os preços do petróleo subiram, esta quinta-feira, mesmo com as tensões comerciais globais a parecerem estar a arrefecer, enquanto que os analistas apontaram os baixos inventários e os riscos renovados do Médio Oriente como factores que apoiaram o mercado.

Os futuros do petróleo Brent LCOc1 subiam 0,17 dólares, ou cerca de 0,3%, para os 68,69 dólares por barril às 1050 TMG. Os futuros do petróleo West Texas Intermediate CLc1 subiam 0,35 dólares, ou 0,5%, para os 66,73 dólares.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que as cartas a notificar os países mais pequenos sobre as taxas de tarifas dos Estados Unidos seriam enviadas em breve, e também aludiu às perspectivas de um acordo com Pequim sobre drogas ilícitas e um possível acordo com a União Europeia.

"Os preços a curto prazo deverão permanecer voláteis devido à incerteza sobre a escala final das tarifas norte-americanas e o impacto resultante no crescimento global", afirmou Ashley Kelty, analista da Panmure Liberum, acrescentando que os preços provavelmente estabilizarão em níveis mais baixos a médio prazo.

O mercado petrolífero também reagiu, esta quinta-feira, a um cenário de inventários apertados, afirmou John Evans, analista da PVM Oil Associates.

Na semana passada, a Agência Internacional de Energia disse que o aumento da produção de petróleo não estava a levar a inventários mais altos, o que mostrou que os mercados estavam sedentos de mais petróleo.

"O foco do petróleo foi desviado do Médio Oriente, sendo que as recordações dos ataques de Israel à Síria e dos ataques com drones à infraestrutura petrolífera no Curdistão são oportunas e, mais uma vez, adicionam um pouco de agitação aos acontecimentos", disse Evans.

Ataques com drones a campos petrolíferos na região semiautónoma do Curdistão iraquiano reduziram a produção de crude em até 150.000 barris por dia, afirmaram dos responsáveis do scetor energético, na quarta-feira, com os danos nas infraestruturas a forçarem várias paralisações.

"Por enquanto, os indicadores do mercado petrolífero continuam a sugerir que o mercado físico permanece restrito. Mas as tensões comerciais em curso podem pesar sobre as perspectivas de crescimento da procura de petróleo e representar riscos de queda para os preços", afirmou Giovanni Staunovo, analista de 'commodities' da UBS.

Texto integral em inglês: nL1N3TE03O

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