Por Seher Dareen
LONDRES, 17 Jul (Reuters) - Os preços do petróleo subiram, esta quinta-feira, mesmo com as tensões comerciais globais a parecerem estar a arrefecer, enquanto que os analistas apontaram os baixos inventários e os riscos renovados do Médio Oriente como factores que apoiaram o mercado.
Os futuros do petróleo Brent LCOc1 subiam 0,17 dólares, ou cerca de 0,3%, para os 68,69 dólares por barril às 1050 TMG. Os futuros do petróleo West Texas Intermediate CLc1 subiam 0,35 dólares, ou 0,5%, para os 66,73 dólares.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que as cartas a notificar os países mais pequenos sobre as taxas de tarifas dos Estados Unidos seriam enviadas em breve, e também aludiu às perspectivas de um acordo com Pequim sobre drogas ilícitas e um possível acordo com a União Europeia.
"Os preços a curto prazo deverão permanecer voláteis devido à incerteza sobre a escala final das tarifas norte-americanas e o impacto resultante no crescimento global", afirmou Ashley Kelty, analista da Panmure Liberum, acrescentando que os preços provavelmente estabilizarão em níveis mais baixos a médio prazo.
O mercado petrolífero também reagiu, esta quinta-feira, a um cenário de inventários apertados, afirmou John Evans, analista da PVM Oil Associates.
Na semana passada, a Agência Internacional de Energia disse que o aumento da produção de petróleo não estava a levar a inventários mais altos, o que mostrou que os mercados estavam sedentos de mais petróleo.
"O foco do petróleo foi desviado do Médio Oriente, sendo que as recordações dos ataques de Israel à Síria e dos ataques com drones à infraestrutura petrolífera no Curdistão são oportunas e, mais uma vez, adicionam um pouco de agitação aos acontecimentos", disse Evans.
Ataques com drones a campos petrolíferos na região semiautónoma do Curdistão iraquiano reduziram a produção de crude em até 150.000 barris por dia, afirmaram dos responsáveis do scetor energético, na quarta-feira, com os danos nas infraestruturas a forçarem várias paralisações.
"Por enquanto, os indicadores do mercado petrolífero continuam a sugerir que o mercado físico permanece restrito. Mas as tensões comerciais em curso podem pesar sobre as perspectivas de crescimento da procura de petróleo e representar riscos de queda para os preços", afirmou Giovanni Staunovo, analista de 'commodities' da UBS.
Texto integral em inglês: nL1N3TE03O