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Trigo sobe em Chicago por problemas de oferta na Rússia

Reuters10 de jul de 2025 às 21:16

Por Tom Polansek

- Os futuros do trigo negociados nos Estados Unidos fecharam em alta na quinta-feira, devido a preocupações com a disponibilidade limitada de suprimentos para exportação na Rússia, segundo analistas.

Os futuros do milho e da soja se consolidaram perto das mínimas de vários meses, com os investidores aguardando as estimativas mensais de safra do Departamento de Agricultura dos EUA, que serão divulgadas na sexta-feira.

Espera-se que a agência reduza sua estimativa para a produção de trigo nos Estados Unidos, disseram os analistas em uma pesquisa da Reuters.

Na Rússia, o maior exportador de trigo do mundo, o início lento da colheita e a relutância dos agricultores em vender o produto forçaram os exportadores a aumentar os preços, enquanto tentavam garantir suprimentos para carregar os navios, de acordo com os comerciantes.

Moscou ordenou medidas para impulsionar as exportações agrícolas depois que as vendas internacionais de trigo caíram para o nível mais baixo desde 2008.

"A colheita de trigo da Rússia está atrasada, portanto, os suprimentos para a nova safra estão apertados no momento", disse Terry Reilly, estrategista agrícola sênior da Marex.

O contrato de trigo mais ativo Wv1 na bolsa de Chicago terminou em alta de 7,50 centavos, a US$5,545 o bushel, interrompendo uma série de quedas de quatro sessões.

Na soja, o contrato mais ativo Sv1 atingiu uma mínima de três meses antes de subir. Os futuros do milho permaneceram próximos de uma mínima de oito meses registrada no final de junho.

O clima favorável no Meio-Oeste continua a pairar sobre os mercados, alimentando as expectativas de colheitas abundantes nos EUA, que se somariam às grandes safras do Brasil, exportador rival.

A proposta do presidente dos EUA, Donald Trump, na quarta-feira, de uma tarifa de 50% sobre as importações do Brasil não afetou diretamente os grãos, ao contrário de outras commodities agrícolas, como o café.

Mas a fraqueza da moeda brasileira, o real, pode ter um efeito de baixa sobre os mercados de grãos, incentivando os agricultores brasileiros a venderem suas safras, disseram os traders.

A soja Sv1 terminou em alta de 6,50 centavos, a US$ 10,1375 o bushel, e o milho Cv1 subiu 1 centavo, para US$ 4,16-1/2 o bushel.

((Tradução Redação São Paulo 55 11 56447751)) REUTERS RS

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