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Peru intensifica luta contra mineração ilegal e exclui maioria dos mineradores informais do esquema de licenças

Reuters4 de jul de 2025 às 18:53

Por Marco Aquino

- O governo do Peru retirou 50.565 mineradores informais de um programa temporário que lhes permitia continuar operando, informou o ministro de Energia e Minas nesta sexta-feira.

Apenas 31.560 mineradores permanecerão no programa que visa formalizá-los e o governo reforçará seus esforços contra a mineração ilegal, disse o ministro Jorge Montero a uma estação de rádio local.

O anúncio foi feito no momento em que centenas de mineradores de pequena escala estão pressionando pela continuidade das operações com protestos e um bloqueio de um importante corredor de cobre usado pelas grandes mineradoras MMG 1208.HK, Glencore GLEN.L e Hudbay HBM.TO. O Peru é o terceiro maior produtor de cobre do mundo.

O governo disse que pelo menos 45.000 dos mineradores excluídos não haviam registrado nenhuma atividade nos últimos quatro anos.

"Reforçaremos nossos esforços para reprimir a mineração ilegal em todo o país", disse Montero.

O programa, chamado REINFO, foi iniciado em 2012 e foi planejado para ser uma forma temporária de formalizar os mineradores que operam fora da lei. Desde então, foi prorrogado várias vezes, mas também foi criticado por permitir a mineração ilegal que degrada o meio ambiente.

As tentativas do governo de encerrar o programa foram recebidas com protestos ferozes e, no final de junho, o governo disse que estava prorrogando o programa até o final de 2025.

Muitos trabalhadores usaram a permissão temporária para minerar em áreas proibidas ou em propriedades de terceiros sem ter que cumprir as regulamentações trabalhistas ou ambientais, de acordo com as autoridades e as empresas privadas de mineração.

Isso levou a confrontos mortais nas regiões de mineração, deixando dezenas de mortos nos últimos anos, levando a presidente Dina Boluarte a suspender temporariamente a mineração em maio no norte do país, depois que 13 trabalhadores de minas de ouro foram sequestrados e mortos.

((Tradução Redação São Paulo))

REUTERS AC

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