Por Shariq Khan
NOVA YORK, 1 Jul (Reuters) - Os preços do petróleo subiram nesta terça-feira, com os investidores avaliando os indicadores positivos da demanda, ao mesmo tempo em que foram cautelosos antes de uma reunião da Opep+ para decidir a política de produção do grupo em agosto.
O petróleo Brent LCOc1 subiu 0,6%, a US$67,11 por barril, enquanto o petróleo West Texas Intermediate dos Estados Unidos (WTI) CLc1 subiu cerca de 0,5%, a US$65,45 por barril.
Os ganhos provavelmente se deveram a dados favoráveis de uma pesquisa do setor privado na China, que mostrou que a atividade das fábricas voltou a se expandir em junho, disse Randall Rothenberg, especialista em inteligência de risco da corretora de petróleo norte-americana Liquidity Energy.
As expectativas de que a Arábia Saudita aumentará seus preços de agosto do petróleo para os compradores na Ásia, atingindo uma máxima de quatro meses, bem como os prêmios firmes para o petróleo russo ESPO Blend, também apoiaram a noção de demanda robusta, disse Rothenberg.
Os ganhos do petróleo foram mantidos sob controle pelas expectativas de que o grupo Opep+ aumentará sua produção de petróleo em agosto em um valor semelhante aos aumentos desproporcionais acordados em maio, junho e julho. Quatro fontes da Opep+ disseram à Reuters na semana passada que o grupo planeja aumentar a produção em 411.000 barris por dia no próximo mês, quando se reunir em 6 de julho.
"Todos os olhos estarão voltados para a decisão da Opep+ no fim de semana, quando se espera que o grupo adicione mais 411.000 bpd de produção em um esforço para ganhar mais participação de mercado, principalmente sobre os produtores de shale dos EUA", disse o analista de energia da StoneX, Alex Hodes, aos clientes.
Além de ganhar participação de mercado dos produtores de shale dos EUA, que bombearam petróleo em um ritmo recorde em abril, de acordo com dados oficiais divulgados na segunda-feira, o grupo também tem tentado punir os membros que produzem em excesso.
(Reportagem de Shariq Khan, Anjana Anil, Jeslyn Lerh e Enes Tunagur)
((Tradução Redação Rio de Janeiro)) REUTERS MN