PETRÓLEO-Preços a caminho de queda semanal com OPEP+ a poder discutir aumento maior de produção para Julho

LONDRES, 30 Mai (Reuters) - Os preços do petróleo seguiam estáveis, esta sexta-feira, e encaminhavam-se para uma segunda perda semanal consecutiva, com os investidores a ponderarem um aumento potencialmente maior da produção da OPEP+ para Julho e a incerteza a espalhar-se à volta da política tarifária norte-americana, após a última reviravolta nos tribunais.

Os futuros do petróleo Brent LCOc1 caíam 0,09 dólares, ou 0,14%, para os 64,06 dólares por barril às 1201 TMG. O petróleo West Texas Intermediate CLc1 caía 0,15 dólares, ou 0,25%, para os 60,79 dólares por barril.

O contrato de futuros do Brent para Julho deve expirar esta sexta-feira. O contrato mais líquido de Agosto LCOc2 foi negociado a cair 0,19 dólares, ou 0,3%, nos 63,16 dólares por barril.

Nestes níveis, os contratos de referência 'front-month' foram direccionados para perdas semanais de pouco mais de 1%.

Os preços mergulharam em território negativo após a Reuters ter noticiado que a OPEP+ pode discutir um aumento na produção de Julho maior que os 411.000 barris por dia que o grupo tinha feito para Maio e Junho.

O potencial aumento acontece numa altura em que o excedente global aumentou para 2,2 milhões de barris por dia, provavelmente necessitando de um ajuste de preço para estimular uma resposta do lado da oferta e restaurar o equilíbrio, disseram analistas do JPMorgan numa nota, acrescentando que esperam que os preços permaneçam dentro da faixa actual antes de diminuir para a faixa alta dos 50 dólares no final do ano.

Espera-se que as tarifas do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, permaneçam em vigor após um tribunal federal de recurso as ter restabelecido de forma temporária na quinta-feira, revertendo a decisão de um tribunal comercial um dia antes de colocar um bloqueio imediato nas taxas abrangentes.

Os preços do petróleo caíram mais de 1% na quinta-feira.

Os preços do petróleo perderam mais de 10% desde que Trump anunciou as suas tarifas do "Dia da Libertação" a 2 de Abril.

Texto integral em inglês: nL2N3S2021