Por P.J. Huffstutter
CHICAGO, 20 Mai (Reuters) - Os contratos futuros de trigo na bolsa de Chicago subiram para uma máxima em duas semanas nesta terça-feira, apoiados num dólar mais fraco e numa piora inesperada na classificação das safras dos EUA, o que encorajou mais cobertura de posições vendidas, após os preços tocarem uma mínima em cinco anos semana passada.
Os futuros do milho acompanharam a alta do trigo e atingiram o maior nível em uma semana, com investidores aguardando novas notícias sobre as negociações comerciais dos EUA.
A soja também subiu em meio a uma onda de cobertura de posições vendidas, em um pregão volátil, à medida que agentes do mercado buscavam entender se as chuvas recentes causaram danos materiais às safras da América do Sul.
O centro agrícola da Argentina foi atingido por fortes chuvas nos últimos dias, levando a inundações generalizadas e deixando alguns campos de soja submersos, com até 400 milímetros de precipitação registrados em certas áreas.
O contrato mais ativo da soja na CBOT Sv1, subiu 2,25 centavos, a US$10,53 por bushel, enquanto o milho Cv1 avançou 7 centavos, a US$4,545 por bushel.
O contrato mais ativo do trigo Wv1 fechou em alta de 17 centavos, a US$5,46 o bushel, seu maior preço desde 5 de maio.
Os futuros do trigo foram o foco de muitos traders, que têm acompanhado de perto as condições da safra dos EUA e os relatos de problemas climáticos em nível global, segundo analistas.
Em um relatório semanal divulgado após o fechamento do mercado na segunda-feira, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) classificou 52% da safra de trigo de inverno dos EUA em condições de boas a excelentes, queda de 2 pontos percentuais em relação à semana passada e abaixo do esperado por analistas.
A China também alertou sobre ventos secos e quentes nesta semana que podem prejudicar as plantações de trigo de inverno nas principais áreas produtoras, incluindo Henan, uma importante província produtora de trigo conhecida como o celeiro do país.
(Reportagem adicional de Peter Hobson em Canberra e Gus Trompiz em Paris)
((Tradução Redação São Paulo))
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