LONDRES, 25 Abr (Reuters) - Os preços do petróleo caíram, esta sexta-feira, e ficaram a caminho de registar um declínio semanal de mais de 2% devido a receios com excesso de oferta e incertezas à volta das negociações tarifárias entre Estados Unidos e China.
Os futuros do petróleo Brent LCOc1 caíram 0,41 dólares para os 66,14 dólares por barril às 0953 TMG, caindo 2,6% na semana.
O petróleo West Texas Intermediate (WTI) CLc1 caiu 0,36 dólares para os 62,43 dólares por barril, tendo declinado 3,5% na semana.
O petróleo reduziu os ganhos anteriores após um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China ter afirmado que China e Estados Unidos não estavam a realizar consultas ou negociações sobre tarifas. Isso contradiz comentários anteriores do Presidente norte-americano, Donald Trump, que afirmou, na quinta-feira, que negociações comerciais entre Estados Unidos e a China estavam em andamento.
A China isentou algumas importações norte-americanas das suas tarifas de 125% e está a pedir às empresas que identifiquem produtos essenciais que precisam ser isentos de impostos, segundo as empresas notificadas, no sinal mais claro até agora das preocupações de Pequim sobre as consequências económicas da guerra comercial.
A China aumentou as suas tarifas após Trump ter anunciado impostos mais altos sobre produtos chineses.
Os preços do petróleo tombaram antes neste mês após as tarifas terem despertado receios sobre a procura global e um 'selloff' nos mercados financeiros.
Crescem receios com o excesso de oferta. Vários membros da OPEP+ sugeriram que o grupo acelerasse os aumentos na produção de petróleo pelo segundo mês consecutivo em Junho, informou a Reuters no início desta semana.
Estados Unidos e Rússia estão a caminhar na direcção certa para acabar com a guerra na Ucrânia, mas alguns elementos específicos de um acordo ainda precisam ser acertados, disse o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergey Lavrov, numa entrevista à CBS News.
A interrupção da guerra da Rússia na Ucrânia e o alívio das sanções podem permitir que mais petróleo russo flua para os mercados globais. A Rússia, membro do grupo OPEP+, que inclui a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, é um dos maiores produtores de petróleo do mundo, juntamente com os Estados Unidos e a Arábia Saudita.
Texto integral em inglês: nL1N3R3020