LONDRES, 17 Abr (Reuters) - Os preços do petróleo subiram para o seu máximo em duas semanas, esta quinta-feira, após os Estados Unidos terem imposto novas sanções para travar as exportações de petróleo iraniano, aumentando os receios com a oferta.
Os futuros do petróleo Brent LCOc1 subiam 0,47 dólares, ou 0,71%, para os 66,32 dólares por barril às 1116 TMG, sendo que o petróleo West Texas Intermediate CLc1 estava nos 63,02 dólares por barril, mais 0,55 dólares, ou 0,9%.
Ambos as referências subiram 2% na quarta-feira, atingindo os seus níveis mais elevados desde 3 de Abril, estando a caminho da sua primeira subida semanal em três. A quinta-feira é o último dia com cotação na semana, antes das férias da Páscoa.
As novas sanções sobre as exportações de petróleo iraniano e os comentários agressivos do Tesouro norte-americano sobre o assunto estão a aumentar os receios com a oferta e a ajudar a apoiar o petróleo, disse o analista da UBS, Giovanni Staunovo.
As sanções emitidas pela administração do Presidente Donald Trump, na quarta-feira, incluindo contra uma refinaria de petróleo 'teapot' com sede na China, aumentam a pressão sobre Teerão por entre conversações sobre a escalada do programa nuclear do país.
Além dos receios com a oferta, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) disse, na quarta-feira, que havia recebido planos actualizados para o Iraque, Cazaquistão e outros países para fazer novos cortes na produção para compensar o bombeamento acima das quotas.
Os 'stocks' de crude dos Estados Unidos aumentaram enquanto que os inventários de gasolina e destilados caíram na semana passada, disse a Administração de Informação de Energia, na quarta-feira.
A OPEP, a Agência Internacional de Energia e vários bancos, incluindo Goldman Sachs e JPMorgan, cortaram as previsões sobre os preços do petróleo e o crescimento da procura esta semana, à medida que as tarifas norte-americanas e a retaliação de outros países colocaram o comércio global em desordem.
Texto integral em inglês: nL1N3QV00Z