Investing.com — O UBS reduziu suas expectativas de preço para prata, platina e paládio, à medida que a demanda industrial mais fraca e a incerteza macroeconômica pesam sobre as perspectivas do mercado.
Embora os três metais permaneçam em déficit, a estrategista do UBS, Joni Teves, disse que eles ficaram notavelmente atrás da alta do ouro, com a prata e o paládio enfrentando as reduções mais acentuadas nas previsões.
"Devido à sua natureza mais industrial, as crescentes preocupações com o crescimento pesam sobre as expectativas de demanda e o sentimento", disse Teves em uma nota, acrescentando que estava revisando suas metas para refletir tanto os ajustes de marcação a mercado quanto um "cenário de crescimento mais fraco".
A redução não é uma reversão completa de posição. Teves enfatizou que ainda vê potencial de alta a partir dos níveis atuais e não espera que esses metais se afastem do ouro da mesma forma que os metais básicos.
"Estamos moderando nossa perspectiva anterior, em vez de nos tornarmos totalmente negativos", escreveu.
A prata continua sendo a mais propensa a se beneficiar da rotação de investidores durante o pico de entusiasmo com o ouro. O UBS observa que os fundamentos de oferta e demanda da prata ainda são convincentes e o mercado só entraria em superávit se a demanda industrial caísse cerca de 30% — um nível não visto desde os anos 1990.
Os investidores permanecem céticos, como se vê nos fluxos estáveis de fundos negociados em bolsa (ETF) no acumulado do ano, em comparação com um salto de 7% para o ouro. Mas embora possa levar algum tempo para a prata alcançar o metal precioso, uma vez que comece, o movimento "provavelmente será rápido", disse Teves.
"O pico de 'FOMO' no ouro à medida que a alta se acelera também provavelmente levará os investidores a procurar formas alternativas e mais baratas de se posicionar, e a prata está bem posicionada para se beneficiar", acrescentou.
No caso da platina, a perspectiva de preço agora depende em grande parte da oferta restrita, especialmente à medida que a produção das minas cai e o metal é negociado "abaixo do 90º percentil da curva de custo".
No entanto, Teves alerta que o metal carece de uma narrativa de demanda convincente e que "o cenário macro incerto está deixando os investidores nervosos sobre as perspectivas para a platina".
A demanda por paládio parece ainda mais frágil, já que mais de 80% do consumo vem do setor automotivo.
Teves acredita que quedas substanciais nas vendas de veículos "poderiam antecipar superávits" no mercado, embora espere que os preços tenham atingido o fundo e preveja apenas uma recuperação modesta pela frente. "Os superávits iminentes devem limitar o mercado no longo prazo", continuou o estrategista.
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