LONDRES, 4 Abr (Reuters) - Os preços do petróleo caíram 8%, esta sexta-feira, atingindo o valor mais baixo desde o meio da pandemia do coronavírus em 2021, com a China a ripostar na escalada da guerra comercial global com os Estados Unidos, após a série de taxas impostas pelo Presidente Donald Trump esta semana.
A China anunciou que vai impor tarifas adicionais de 34% sobre todos os produtos norte-americanas a partir de 10 de Abril. Países de todo o mundo prepararam retaliações após Trump ter aumentado as barreiras tarifárias para os valores mais elevados em mais de um século, o que levou a uma queda nos mercados financeiros mundiais.
Os futuros do Brent LCOc1 mergulhavam 5,30 dólares, ou 7.6%, para os 64,84 dólares por barril às 1254 TMG. Os futuros do petróleo West Texas Intermediate CLc1 perderam 5,47 dólares, ou 8,2%, para os 61,48 dólares.
Ambas as referências estavam a caminho das suas maiores perdas semanais em termos percentuais em mais de dois anos.
A alimentar o 'selloff' do petróleo esteve a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e dos seus aliados, conhecidos colectivamente como OPEP+, de avançar com planos de aumento da produção, com o grupo a pretender agora devolver 411.000 barris por dia ao mercado em Maio, acima dos 135.000 barris por dia anteriormente planeados.
As importações de petróleo, gás e produtos refinados foram isentas das novas tarifas de Trump, mas as políticas podem alimentar a inflação, desacelerar o crescimento económico e intensificar as disputas comerciais, o que pesou sobre os preços do petróleo.
Os analistas do Goldman Sachs responderam com cortes acentuados nos seus objectivos para Dezembro de 2025 para o Brent e o WTI em 5 dólares cada, para 66 e 62 dólares, respectivamente.
Texto integral em inglês: nL2N3QI05B