LONDRES/NOVA IORQUE, 27 Mar (Reuters) - Se os seus grãos de café preferidos desapareceram das prateleiras, não se preocupe - voltarão em breve. A má notícia é que serão até 25% mais caros.
Segundo oito fontes do sector, torrefactores como a Lavazza, a Illy, a Nestlé NESN.S e o fabricante da Douwe Egberts, JDE Peet's JDEP.AS, estão actualmente em conversações com os retalhistas sobre a repercussão dos custos resultantes da quase duplicação dos preços do café arábica no último ano.
Os preços do café arábica em bruto KCc2 aumentaram devido a quatro épocas sucessivas de défice, com as condições meteorológicas adversas a dificultarem a produção de grãos delicados em quantidade suficiente para satisfazer a procura dos consumidores.
Enquanto os torrefactores pressionam no sentido de aumentarem os preços, as mercearias e os supermercados resistem, adiando a assinatura de novos acordos de fornecimento, ao ponto de alguns terem ficado sem 'stock' de café.
Os preços mundiais do café arábica KCc2, normalmente utilizado em misturas torradas e moídas, aumentaram mais de 20% este ano, depois de terem subido 70% no ano passado, quando o Brasil - produtor de quase metade do arábica mundial - sofreu uma das piores secas de que há registo.
Em média, os grãos em bruto representam cerca de 40% do custo grossista de um saco de café torrado e moído.
Texto integral em inglês: nL1N3Q30AM