LONDRES, 17 Mar (Reuters) - O petróleo foi negociado em alta, esta segunda-feira, após os Estados Unidos terem prometido continuar a atacar os Houthis, do Iémen, até que o grupo alinhado com o Irão termine os seus ataques à navegação, enquanto que os dados económicos chineses alimentaram esperanças de maior procura.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lançou ataques militares contra os Houthis, no sábado, por causa dos ataques do grupo contra o transporte marítimo do Mar Vermelho. Um responsável norte-americano disse à Reuters que a campanha pode continuar por semanas.
Os futuros do Brent LCOc1 subiam 0,76 dólares, ou 1,1%, para os 71,34 por barril às 1315 TMG, enquanto que os futuros do petróleo West Texas Intermediate CLc1 ganhavam 0,65 dólares, ou 1%, para os 67,83 dólares.
Os dados económicos chineses também apoiaram os preços. O crescimento das vendas a retalho acelerou em Janeiro-Fevereiro, num sinal positivo para os decisores de política que procuram impulsionar o consumo interno, embora o desemprego tenha aumentado e a produção fabril tenha diminuído.
O petróleo subiu ligeiramente na semana passada, embora o Brent ainda esteja a cair quase 5% este ano, sob o receio de um abrandamento económico global impulsionado pela escalada das tensões comerciais entre Estados Unidos e outros países.
O plano dos produtores de petróleo da OPEP+ de aumentar a produção de petróleo a partir de Abril também pressionou os preços. No entanto, a perspectiva de sanções mais rigorosas dos Estados Unidos contra o Irão mais do que compensa o aumento gradual da produção da OPEP+, disse Ole Hansen, do Saxo Bank.
"Os planos da China para aumentar o consumo e os novos riscos do Mar Vermelho" estão a apoiar o mercado na segunda-feira, acrescentou.
A perspectiva de paz na Ucrânia também pesou sobre os preços. O presidente norte-americano, Donald Trump, disse que planeia falar com o presidente russo, Vladimir Putin, na terça-feira, para discutir como acabar com a guerra na Ucrânia.
Texto integral em inglês: nL1N3Q0001