LONDRES, 4 Mar (Reuters) - Os preços do petróleo prolongaram as perdas, esta terça-feira, na sequência de notícias de que a OPEP+ irá proceder a um aumento da produção planeado para Abril e da entrada em vigor das tarifas norte-americanas sobre Canadá, México e China, bem como das tarifas de retaliação de Pequim.
Os futuros do Brent LCOc1 caíam 1,05 dólares, ou 1,5%, para os 70,57 dólares por barril às 1133 TMG, enquanto que o petróleo West Texas Intermediate (WTI) CLc1 caía 0,83 dólares, ou 1,2%, para os 67,54 dólares.
"A actual tendência de queda nos preços do petróleo é impulsionada principalmente pela decisão da OPEP+ de aumentar a produção e a introdução de tarifas dos Estados Unidos", disse Darren Lim, estratega de 'commodities' da Phillip Nova.
Ele disse que outro factor foi a decisão do Presidente Donald Trump de colocar em pausa toda a ajuda militar dos Estados Unidos à Ucrânia após o seu confronto na Sala Oval com o presidente Volodymyr Zelenskiy na semana passada.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e aliados como a Rússia, conhecidos como OPEP+, também decidiram, na segunda-feira, prosseguir com um aumento planeado da produção de petróleo em Abril de 138.000 barris por dia, o primeiro do grupo desde 2022.
As tarifas norte-americanas de 25% sobre as importações de Canadá e México entraram em vigor às 0501 TMG desta terça-feira, com tarifas de 10% sobre a energia canadiana, enquanto que as tarifas sobre as importações de produtos chineses foram aumentadas de 10% para 20%.
Quando as tarifas norte-americanas entraram em vigor esta terça-feira, a China retaliou rapidamente, anunciando aumentos de 10% a 15% nas taxas de importação que abrangem uma série de produtos agrícolas e alimentares dos Estados Unidos, tendo colocado 25 empresas norte-americanas sob restrições de exportação e investimento.
A suspensão da ajuda militar de Trump à Ucrânia pesou ainda mais sobre o petróleo, com alguns no mercado a dizer que a crescente distância entre a Casa Branca e a Ucrânia poderá resultar num potencial alívio das sanções dos Estados Unidos para a Rússia, com mais oferta de petróleo a voltar ao mercado.
A pausa seguiu-se a uma notícia da Reuters, segundo a qual a Casa Branca pediu aos Departamentos de Estado e do Tesouro que elaborassem uma lista de sanções que podem ser aliviadas para que as autoridades norte-americanas as discutissem durante as conversações com Moscovo, disseram fontes.
Texto integral em inglês: nL2N3PN065