LONDRES, 25 Fev (Reuters) - Os preços do petróleo caíram, esta terça-feira, fustigados pela política externa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que tenta alcançar a paz na Ucrânia, uma guerra tarifária com antigos aliados e mais sanções contra o Irão.
Os futuros do petróleo Brent LCOc1 caíam 0,57 dólares, ou 0,8%, para os 74,21 dólares por barril às 1301 TMG. Os futuros do petróleo West Texas Intermediate CLc1 perderam 0,53 dólares, também 0,8%, para os 70,16 por barril. Ambos os contratos ganharam na sessão de segunda-feira após uma queda de 2 dólares na última sexta-feira.
Um acordo de paz de Trump com Moscovo "prenuncia o levantamento das sanções russas, potencialmente acolhendo a oferta russa sem restrições de volta ao mercado", disse Tamas Varga, da corretora de petróleo PVM.
Trump também supervisionou o desgaste das relações dos Estados Unidos com os seus vizinhos Canadá e México e aliados europeus.
O presidente norte-americano, Donald Trump, disse, na segunda-feira, que as tarifas contra as importações canadianas e mexicanas, previstas para começar a 4 de Março, estão "a tempo e horas", apesar dos esforços dos dois parceiros comerciais para resolver os receios de Trump sobre a segurança das fronteiras e o fentanil. Os analistas afirmam que as tarifas serão negativas para o crescimento da procura mundial de petróleo.
A campanha de Trump de "pressão máxima" sobre o Irão para sufocar as suas exportações de petróleo continuou na segunda-feira, numa altura em que os Estados Unidos atingiram o Irão com o segundo conjunto de sanções este mês.
O Irão é o terceiro maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e bombeou 3,2 milhões de barris por dia em Janeiro, segundo uma pesquisa da Reuters sobre a produção da OPEP.
Também na segunda-feira, terceiro aniversário da invasão da Ucrânia pela Rússia, a UE registou 73 navios que permitem a evasão de sanções, conhecida como frota sombra, enquanto que o Reino Unido sancionou 40 navios por transportarem petróleo russo.
A incerteza quanto às perspectivas da procura e a falta de novos indicadores económicos do principal consumidor, a China, também pesaram sobre os preços.
A força da procura ocidental de combustíveis deu algum apoio aos mercados petrolíferos, segundo os analistas.
Texto integral em inglês: nL2N3PG03D