LONDRES, 19 Fev (Reuters) - Os preços do petróleo subiram, esta quarta-feira, impulsionados pelos receios com perturbações na oferta de petróleo na Rússia e nos Estados Unidos, numa altura em que o mercado aguarda clareza sobre as sanções, enquanto os norte-americanos tentam mediar um acordo para acabar com a guerra na Ucrânia.
Os futuros do petróleo Brent LCOc1 subiam 0,64 dólares, ou 0,8%, para os 76,48 dólares por barril às 1339 GMT, no caminho para um terceiro dia de ganhos.
Os futuros do petróleo West Texas Intermediate CLc1 para Março subiam 0,75 dólares, ou 1%, para os 72,60 dólares, mais 2,6% do que no fecho anterior, antes do feriado público de segunda-feira nos Estados Unidos.
O contrato de Março expira na quinta-feira e o contrato mais activo de Abril CLc2 ganhou 0,70 dólares, ou 1%, para os 72,53 dólares.
Entretanto, os ataques de drones às infra-estruturas petrolíferas russas estão a reduzir a oferta.
A Rússia afirmou que os fluxos de petróleo do Consórcio do Oleoduto do Cáspio (CPC), importante rota para as exportações de crude do Cazaquistão, foram reduzidos em 30 a 40% na terça-feira, após um ataque de drones ucranianos a uma estação de bombagem. Um corte de 30% equivaleria à perda de 380.000 barris por dia de abastecimento do mercado, segundo cálculos da Reuters.
Nos Estados Unidos, o tempo frio tem ameaçado a oferta de petróleo, com a North Dakota Pipeline Authority a estimar que a produção no Estado poderá ser reduzida em 150.000 barris por dia.
Israel e o Hamas vão também iniciar negociações indirectas sobre uma segunda fase do acordo de cessar-fogo em Gaza, informaram as autoridades na terça-feira. Um cessar-fogo pode levar a uma descida dos preços do petróleo, já que o risco de perturbação da oferta provocado pelo conflito diminui.
Várias tarifas que estão a ser anunciadas pela administração Trump também podem pesar sobre os preços do petróleo, aumentando o custo dos bens de consumo, enfraquecendo a economia global e reduzindo a procura de combustível.
Trump disse, na terça-feira, que tencionava impor direitos aduaneiros sobre os automóveis "na ordem dos 25%" e direitos semelhantes sobre os semicondutores e as importações de produtos farmacêuticos.
Texto integral em inglês: nL2N3PA047