10 Fev (Reuters) - Os preços do ouro continuaram o seu 'rally' recorde, esta segunda-feira, rompendo o nível-chave dos 2.900 dólares pela primeira vez, impulsionados pela procura de portos-seguros, já que as novas ameaças tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, amplificaram os receios sobre uma guerra comercial e com a inflação.
O ouro à vista XAU= subia 1,6% para os 2.905,25 dólares por onça às 1443 TMG, após atingir um máximo recorde de 2,910.99 dólares antes na sessão. Os futuros de ouro dos Estados Unidos GCcv1 saltaram 1,5% para os 2.930,90 dólares.
Trump anunciou planos, no domingo, para impor uma tarifa adicional de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio. O Presidente dos Estados Unidos disse também que iria anunciar tarifas recíprocas esta semana, igualando as taxas impostas por outros países e aplicando-as imediatamente.
As tarifas podem agravar a inflação norte-americana, com os investidores a aguardar os dados do Índice de Preços no Consumidor (IPC) e do Índice de Preços no Produtor (IPP) dos Estados Unidos, a serem divulgados mais tarde na semana.
O presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, também deverá depor perante o Congresso na terça e quarta-feira.
O lingote já atingiu o seu sétimo máximo recorde este ano, impulsionado pelas ameaças tarifárias de Trump, que alimentaram a incerteza sobre o crescimento global, guerras comerciais e alta inflação, o que levou os investidores a recorrer ao ouro como um activo porto-seguro.
Texto integral em inglês: nL4N3P117B