LONDRES, 30 Jan (Reuters) - Os preços do petróleo registaram poucas alterações, esta quinta-feira, com os investidores a concentrarem-se nas tarifas que o presidente norte-americano Donald Trump prometeu a partir de 1 de Fevereiro sobre México e Canadá, os dois maiores fornecedores de crude dos Estados Unidos.
Os futuros do petróleo Brent LCOc1 caíam 0,10 dólares para os 76,48 dólares por barril às 1318 TMG. Os futuros do petróleo dos Estados Unidos CLc1 caíam 0,16 dólares para os 72,46 dólares. Os futuros do petróleo norte-americano atingiram o seu preço mais baixo deste ano na quarta-feira.
A Casa Branca reafirmou, na terça-feira, o plano de Trump de impor tarifas de 25% sobre as importações do Canadá e do México. Na quarta-feira, o nomeado do presidente para dirigir o Departamento de Comércio disse que os dois países podem evitar isso se agirem rapidamente para fechar as suas fronteiras ao fentanil.
As tempestades de Inverno atingiram a procura norte-americana na semana passada, com os 'stocks' de crude norte-americano a aumentar em 3,5 milhões de barris, numa altura em que as refinarias cortavam a produção. Os analistas esperavam uma subida de 3,2 milhões de barris, segundo uma pesquisa da Reuters.
Do lado da oferta, as últimas sanções dos Estados Unidos contra Moscovo estão a pressionar as exportações de crude dos portos ocidentais da Rússia, que deverão cair 8% em Fevereiro face ao plano de Janeiro, numa altura em que Moscovo aumenta a refinação, disseram 'traders' e mostraram cálculos da Reuters.
Os investidores também estão à espera de uma reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, incluindo a Rússia, juntos chamados OPEP+, marcada para 3 de Fevereiro.
O grupo deverá discutir os esforços de Trump para aumentar a produção de petróleo dos Estados Unidos e tomar uma posição conjunta sobre o assunto, disse o Cazaquistão na quarta-feira.
Trump apelou à OPEP e ao seu principal membro, a Arábia Saudita, para baixar os preços do petróleo, dizendo que isso acabaria com o conflito na Ucrânia. Ele também estabeleceu uma agenda para maximizar a produção de petróleo e gás dos Estados Unidos, já a maior do mundo.
No entanto, os analistas acreditam que uma guerra de preços entre os Estados Unidos e OPEP+ é improvável, pois pode prejudicar ambos.
Texto integral em inglês: nL2N3OQ021