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PETRÓLEO-Petróleo cai após Trump reverter ameaça de sanções à Colômbia

Reuters27 de jan de 2025 às 10:35

- Os preços do petróleo oscilaram esta segunda-feira depois dos EUA e a Colômbia terem chegado a um acordo sobre deportações, reduzindo a preocupação imediata com interrupções no fornecimento de petróleo, mas mantendo os traders nervosos.

Os futuros do petróleo Brent LCOc1 caíram 24 centavos, ou 0,3%, para US$ 78,26 por barril às 09h14 GMT, após fecharem 21 centavos mais altos na sexta-feira.

O crude West Texas Intermediate dos EUA CLc1 estava em US$ 74,34 o barril, queda de 32 centavos, ou 0,4%.

Os EUA rapidamente reverteram os planos de impor sanções e tarifas à Colômbia depois do país sul-americano ter concordado aceitar migrantes deportados dos Estados Unidos, informou a Casa Branca na noite de Domingo.

Dados da empresa de análise Kpler mostram que a Colômbia enviou cerca de 41% de suas exportações marítimas de petróleo para os EUA no ano passado.

"Há um sentimento negativo generalizado", disse Bjarne Schieldrop, analista-chefe de commodities do SEB.

"Mesmo que as sanções não tenham ocorrido, isso ainda cria nervosismo de que Trump irá intimidar quem precisa ser intimidado para conseguir o que quer."

O apelo repetido de Trump na sexta-feira para que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) corte os preços do petróleo para prejudicar as finanças da Rússia, rica em petróleo, e ajudar a acabar com a guerra na Ucrânia também pesou sobre os mercados de petróleo.

"Uma maneira de acabar com isso rapidamente é a OPEP parar de ganhar tanto dinheiro e baixar o preço do petróleo... Essa guerra vai acabar imediatamente", disse Trump.

Trump também ameaçou atingir a Rússia "e outros países participantes" com impostos, tarifas e sanções se um acordo para acabar com a guerra na Ucrânia não for fechado em breve.

O presidente russo , Vladimir Putin, disse na sexta-feira que ele e Trump deveriam reunir-se para conversar sobre a guerra na Ucrânia e os preços da energia.

"Eles estão a posicionar-se para negociações", disse John Driscoll, da consultoria JTD Energy, sediada em Singapura, acrescentando que isso cria volatilidade nos mercados de petróleo.

Ele acrescentou que os mercados de petróleo provavelmente estão um pouco inclinados para o lado negativo, com Trump a procurar aumentar a produção dos EUA e tentar garantir mercados estrangeiros para o crude dos EUA.

"Ele vai querer ganhar parte do mercado da OPEP; então, nesse sentido, ele é uma espécie de concorrente", disse Driscoll.

No entanto, a OPEP e os seus aliados, incluíndo a Rússia, ainda não reagiram ao apelo de Trump, com os delegados da OPEP+ a apontar para um plano já em andamento para começar a aumentar a produção de petróleo a partir de Abril.

Ambos os índices de referência do petróleo bruto registraram o seu primeiro declínio semanal em cinco semanas, diminuindo as preocupações na semana passada sobre possíveis interrupções no fornecimento resultantes das últimas sanções à Rússia.

Texto integral em inglês: nL2N3ON01H

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