Por Patrick Wingrove e Puyaan Singh
1 Ago (Reuters) - A Moderna MRNA.O reduziu sua previsão de receita para 2025 nesta sexta-feira, após o adiamento das entregas de algumas vacinas contra a Covid no Reino Unido para o próximo ano, o que ofuscou a divulgação de um prejuízo menor do que o esperado no segundo trimestre e levou suas ações a caírem.
A nova previsão, entre US$1,5 bilhão e US$2,2 bilhões, reflete os desafios contínuos enfrentados pela fabricante de vacinas, que lida com a queda na demanda por doses contra a a Covid-19, o lançamento mais lento do que o previsto da vacina contra o vírus sincicial respiratório (RSV) e atrasos regulatórios em seu novo pipeline de produtos.
A empresa também está sob pressão para reduzir custos e retomar o crescimento após o fim dos lucros obtidos durante a pandemia.
A Moderna informou que entre 40% e 50% da receita deste ano será reconhecida no terceiro trimestre, com o restante esperado para o quarto trimestre.
"A mudança no cronograma se deve ao uso, por parte do governo, da cota mínima de compra de produtos no exercício fiscal de 2026 para a campanha da primavera", disse o diretor financeiro James Mock, acrescentando que isso não afeta o valor total do contrato plurianual da Moderna com o Reino Unido.
A empresa reportou uma receita trimestral de US$142 milhões, queda de 41% em relação ao ano anterior, mas ainda à frente das estimativas dos analistas de US$112,9 milhões, de acordo com dados da LSEG.
Em base ajustada, a Moderna registrou um prejuízo trimestral de US$2,13 por ação, enquanto os analistas, em média, esperavam prejuízo de US$2,97 por ação.
A Moderna está apostando em novos produtos de mRNA, como sua vacina experimental combinada contra Covid-19 e gripe, para retomar o crescimento.
A empresa também afirmou que não espera impacto significativo nos custos de produção devido às tarifas recentemente implementadas.
A Moderna disse ainda que planeja reduzir os custos operacionais em US$400 milhões em 2025, para um intervalo entre US$5,9 bilhões e US$6,1 bilhões.
(Reportagem de Patrick Wingrove em Nova York e Puyaan Singh e Sneha S K em Bengaluru)
((Tradução Redação São Paulo))
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