Por Helen Reid e Ozan Ergenay
25 Jul (Reuters) - As acções da Puma PUMG.DE caíram 16%, esta sexta-feira, após a marca alemã de vestuário desportivo ter afirmado que prevê agora um prejuízo anual, com as vendas a diminuírem e as tarifas norte-americanas a afectarem os lucros.
O CEO Arthur Hoeld, no cargo desde 1 de Julho, disse que a empresa precisava de "corrigir o curso".
"Este ano, 2025, será um reinício para a Puma e 2026 será um ano de transição para nós", disse Hoeld, anteriormente chefe de vendas da Adidas, aos jornalistas numa teleconferência.
"Nós, como empresa, precisamos de olhar bem para nós próprios", acrescentou.
A Puma disse que as tarifas dos Estados Unidos provavelmente reduziriam o seu lucro bruto este ano em cerca de 80 milhões de euros, apesar dos esforços para compensar a dor.
O CFO, Markus Neubrand, disse que a Puma iria aumentar os preços nos Estados Unidos no quarto trimestre para mitigar parcialmente o impacto das tarifas, mas recusou-se a dizer quanto os preços iriam subir.
Os retalhistas de vestuário desportivo, como a Nike, a Adidas e a Puma, dependem de países do Sudeste Asiático, como o Vietname, para a produção de ténis e vestuário que importam para os Estados Unidos, o que os torna especialmente expostos às tarifas.
Segundo Neubrand, a Puma antecipou o envio de mercadorias da Ásia antes dos sucessivos prazos de aplicação das tarifas norte-americanas, aumentando os níveis de 'stocks' e contribuindo para mais descontos.
No seu relatório de resultados de quinta-feira, a Puma afirmou que as vendas anuais iriam diminuir pelo menos 10%, tendo anteriormente previsto um crescimento baixo a médio de um só dígito.
As vendas de 1,94 mil milhões de euros (2,3 mil milhões de dólares) da Puma no segundo trimestre, ajustadas à moeda, foram mais fracas do que os analistas esperavam, com as vendas na América do Norte a caírem 9,1% e na Europa 3,9%.
A empresa não disse qual será o valor do prejuízo anual. Anteriormente, previa lucros antes de juros e impostos entre 445 milhões de euros e 525 milhões de euros para o ano.
A Puma também reduziu os seus planos de despesas de capital para o ano para 250 milhões de euros face a 300 milhões de euros anteriormente.
A Puma tem tido dificuldades em atrair compradores, já que os ténis 'retro' relançados, como o Speedcat, não se venderam tão bem como se esperava.
Texto integral em inglês: nL8N3TM09A