BOLSA EUA-Futuros Wall Street oscilam com novas ameaças tarifárias antes de dilúvio de dados e resultados de empresas

14 Jul (Reuters) - Os futuros dos índices bolsistas norte-americanos deslizaram, esta segunda-feira, com as novas ameaças tarifárias do Presidente Donald Trump dirigidas à União Europeia e ao México a atenuarem o sentimento dos investidores antes de uma semana repleta de dados económicos e de resultados de empresas do segundo trimestre.

Ao longo do fim-de-semana, Trump anunciou planos para aplicar uma tarifa de 30% sobre a maioria das importações da UE e do México a partir de 1 de Agosto, acrescentando avisos semelhantes a outros países, dando-lhes menos de três semanas para chegarem a acordos-quadro.

A UE disse que iria prolongar a sua suspensão de contra-medidas às tarifas dos Estados Unidos até ao início de Agosto e continuar a pressionar para um acordo negociado.

As perdas comedidas indicaram que os investidores estão mais habituados às repetidas ameaças tarifárias de Trump.

No entanto, a marcha de Wall Street para máximos recorde será posta à prova esta semana com o início da época de resultados de empresas do segundo trimestre pelos principais bancos e os dados de preços no consumidor de Junho, previstos para terça-feira.

Na sexta-feira, o S&P 500 .SPX recuou face ao máximo de sempre atingido no dia anterior e fechou em baixa. A semana passada terminou com pequenas perdas.

Entretanto, os relatórios dos preços no produtor e das importações, a publicar na quarta-feira, poderão revelar a evolução dos custos da cadeia de abastecimento, sendo que os números das vendas a retalho, mais tarde na semana, darão uma ideia sobre a saúde dos consumidores.

Também na agenda estão os discursos de pelo menos sete responsáveis da Reserva Federal ao longo da semana.

No meio do dilúvio de dados económicos, os investidores excluíram quase totalmente a possibilidade de uma redução das taxas de juro em Julho por parte da Fed, embora as probabilidades de uma alteração em Setembro ainda rondem os 60%.

Os investidores também estão atentos às tensões entre a Casa Branca e o banco central dos Estados Unidos, após o conselheiro económico, Kevin Hassett, ter dito, no fim de semana, que Trump poderia ter motivos para demitir o presidente da Fed, Jerome Powell, ao referir os custos excedentes da renovação da sede do banco central.

Entre as acções, a Boeing BA.N subiu 2% nas negociações pré-abertura, após um relatório preliminar da investigação do acidente da Air India ter sugerido qie não haverá nenhuma acção imediata contra o fabricante de aviões.

As acções 'cripto' subiram após o bitcoin BTC= ter ultrapassado os 120.000 dólares pela primeira vez. A Coinbase global COIN.O subiu 1,5%, enquanto que a Bitfarms BITF.O ganhou 3,7%. A Strategy MSTR.O avançou 2,9%, enquanto que a Riot platforms RIOT.O subiu 2,4%.

Texto integral em inglês: nL4N3TB0I7