BOLSA EUA-Wall Street cai conforme ameaças de tarifas de Trump provocam incerteza no mercado

Por Chibuike Oguh

NOVA YORK, 23 Mai (Reuters) - As ações dos Estados Unidos caíram nesta sexta-feira, registrando uma perda semanal, depois que o presidente norte-americano, Donald Trump, recomendou tarifas de 50% sobre produtos europeus, reabrindo uma nova frente nas tensões comerciais globais e desencadeando mais uma onda de incerteza no mercado.

O Dow Jones .DJI caiu 0,61%, para 41.603,07 pontos. O S&P 500 .SPX perdeu 0,67%, para 5.802,82 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq .IXIC recuou 1,00%, para 18.737,21 pontos.

Na semana, o Dow Jones perdeu 2,47%, o S&P 500 caiu 2,61% e o Nasdaq cedeu 2,48%.

Os três principais índices de Wall Street reduziram perdas iniciais, mas cada um deles ainda terminou em baixa e caiu mais de 2% na semana. As ações de tecnologia, serviços de comunicação e consumo discricionário foram as que mais perderam entre os 11 setores do S&P 500. Os papéis de serviços públicos, bens de consumo básicos e energia registraram ganhos.

A Apple AAPL.O atingiu o menor nível em duas semanas e terminou em queda de 3%, depois que Trump alertou a fabricante do iPhone que ela pode enfrentar possíveis tarifas de 25% sobre os telefones vendidos aos clientes dos EUA, mas não fabricados no país.

Os rendimentos dos Treasuries recuavam em relação aos picos em vários meses, com o retorno do Treasury de referência de dez anos em queda de 4,4 pontos-base, para 4,509%.

"Se eu tivesse que colocar uma manchete na notícia de hoje, seria "Lá vamos nós de novo!", disse James St. Aubin, diretor de investimentos da Ocean Park Asset Management.

"Isso é Trump aumentando o tom da conversa sobre tarifas com a UE e a Apple. Os mercados esperavam que o pior já tivesse passado no que diz respeito à retórica tarifária. Mas, na realidade, ainda há algumas brasas fumegantes no que diz respeito à conversa sobre tarifas", acrescentou St Aubin.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse que Trump não acreditava que as ofertas comerciais da União Europeia fossem de qualidade suficiente. Ele também disse esperar que a ameaça de novas tarifas "acendesse um fogo sob a UE" nas negociações.

((Tradução Redação Brasília))

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