Tesla: o que explica queda de 45% nas vendas na Europa em janeiro?

Investing.com — As vendas da Tesla na Europa e no Reino Unido registraram uma profunda queda em janeiro, refletindo a intensificação da concorrência de fabricantes chineses e o avanço das montadoras europeias no setor de veículos elétricos.

As novas matrículas da Tesla na União Europeia, na Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) e no Reino Unido caíram 45,2% em comparação ao mesmo período do ano anterior, totalizando 9.945 registros. A participação de mercado da empresa também recuou de 1,8% para 1%.

A queda ocorreu em um contexto de retração de 2,1% nas novas matrículas de veículos em janeiro, influenciada por quedas na França, Itália e Alemanha. No entanto, os veículos elétricos a bateria (VEBs) continuam ganhando espaço na região, com sua participação de mercado subindo de 10,9% para 15%. As vendas de VEBs cresceram 34%, atingindo 124.341 unidades, enquanto os registros de veículos a gasolina caíram 18,9%, somando 290.301 unidades.

Apesar do crescimento do mercado de veículos elétricos, a Tesla (BVMF:TSLA34) (NASDAQ:TSLA) não conseguiu aproveitar esse avanço.

A Volkswagen (ETR:VOWG_p) destacou-se com um crescimento de 14,9% nas vendas em janeiro, impulsionado pela expansão de sua linha de veículos elétricos. A Toyota (NYSE:TM) registrou aumento nas vendas da marca de luxo Lexus, enquanto a Renault (EPA:RENA) também apresentou alta nas vendas.

Entre os concorrentes chineses, a SAIC Motor liderou com um salto de quase 37% nas vendas, superando amplamente a Tesla e conquistando uma participação de mercado de 2,3%.

O declínio acentuado nas vendas da Tesla evidencia a crescente concorrência no setor de veículos elétricos, especialmente devido à popularidade dos modelos híbridos e à intensa guerra de preços com as montadoras chinesas. Em 2024, a Tesla registrou sua primeira queda anual nas entregas, em um cenário agravado pelo impacto negativo na imagem da marca, associado ao CEO, Elon Musk.

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