Suzano (SUZB3): Por que as ações sobem mesmo com prejuízo?

Investing.com – Os investidores reagiram bem ao balanço da Suzano (BVMF:SUZB3) mesmo com prejuízo reportado no quarto trimestre de 2024, diante de dados operacionais considerados robustos por analistas, com receita e Ebitda ajustado acima do esperado pelo mercado. Às 13h44 (de Brasília), as ações da Suzano apresentavam alta de 1,93%, cotadas a R$59,09.

A forte desvalorização cambial impactou os indicadores financeiros e levou ao prejuízo, conforme apontado pela companhia no balanço e detalhado pelo BB Investimentos, que indica posição neutra na ação.

O resultado financeiro negativo ocorre diante da variação cambial sobre a dívida em moeda estrangeira e do resultado de operações com derivativos, com marcação a mercado, disse a analista do BB Investimentos Mary Silva.

“Vale mencionar que se trata de ajuste contábil e, portanto, sem efeito caixa neste momento”, esclareceu Silva, que ainda citou diminuição da alavancagem, apesar da dívida bruta em nível recorde.

A XP Investimentos (BVMF:XPBR31) considerou os dados como em linha com o esperado e ressaltou que os volumes de vendas de celulose foram destaque, demonstrando força e compensando os preços mais fracos em dólar.

“Com um desempenho decente no 4T24 e considerando nossa perspectiva positiva para os preços da celulose, acreditamos que a Suzano está bem posicionada para capitalizar o ponto de inflexão em curso no ciclo da celulose. Além disso, com o fluxo de caixa significativo após o ramp-up do Cerrado, vemos a Suzano como atraente por meio de várias métricas”, afirmaram os analistas da XP Lucas Laghi, Guilherme Nippes e Fernanda Urbano.

O Bank of America (NYSE:BAC), que também tem visão positiva para a ação, destacou que o Ebitda veio acima do esperado diante de resultados mais fortes da celulose, que teriam superado volumes, preços e custos.

“Mantemos nossa classificação de compra para a Suzano, pois continuamos a ver a empresa bem posicionada para capitalizar a tendência de alta nos preços da celulose, ao mesmo tempo em que entrega crescimento nos lucros com base em volumes maiores e custos menores neste ano”, argumentaram os analistas do BofA Caio Ribeiro, Guilherme Rosito, Mariana Leite, George Staphos, que lembram que os preços da celulose estão se recuperando após terem atingido o fundo do poço.

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