Por Patricia Zengerle
WASHINGTON, 17 Jul (Reuters) - O Senado dos Estados Unidos aprovou na madrugada desta quinta-feira o plano do presidente norte-americano, Donald Trump, de cortar bilhões de dólares em verbas para ajuda externa e emissoras públicas, dando ao presidente republicano mais uma vitória, já que ele exerce controle sobre o Congresso com pouca oposição.
O Senado votou por 51 a 48 a favor do pedido de Trump para cortar US$9 bilhões em gastos anteriormente aprovados pelo Congresso.
A maioria dos cortes é para programas de assistência a países estrangeiros que sofrem com doenças, guerras e desastres naturais, mas o plano também elimina todo o US$1,1 bilhão que a Corporation for Public Broadcasting deveria receber nos próximos dois anos.
Trump e muitos de seus colegas republicanos argumentam que os gastos com as emissoras públicas são uma despesa desnecessária e rejeitam sua cobertura de notícias por avaliarem que ela tem um viés contrário à direita.
Pacotes deste tipo, conhecidos como de rescisões independentes, não são aprovados há décadas, pois os legisladores relutam em ceder o controle de gastos que lhes é dado pela Constituição dos EUA. No entanto, os republicanos de Trump, que detêm uma maioria estreita no Senado e na Câmara, demonstraram pouco apetite para resistir às suas políticas desde que ele iniciou seu segundo mandato em janeiro.
Os US$9 bilhões em jogo são extremamente pequenos no contexto do orçamento federal de US$6,8 trilhões e representam apenas uma pequena parte de todos os fundos aprovados pelo Congresso que o governo Trump reteve enquanto buscava cortes radicais, muitos ordenados pelo Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), que era dirigido pelo bilionário Elon Musk.
Em meados de junho, Trump estava bloqueando US$425 bilhões em verbas que já haviam sido apropriadas e previamente aprovadas pelo Congresso, de acordo com legisladores democratas que monitoram as verbas congeladas.
No entanto, Trump e seus apoiadores prometeram mais pedidos de "rescisão" para eliminar gastos previamente aprovados no que eles dizem ser um esforço para reduzir o tamanho do governo federal.
(Reportagem de Patricia Zengerle; Reportagem adicional de Richard Cowan e Bo Erickson)
((Tradução Redação São Paulo))
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