11 Jul (Reuters) - O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desistiu de abolir a Agência Federal de Gerenciamento de Emergências (Fema, na sigla em inglês), informou o Washington Post nesta sexta-feira, antes da visita do presidente ao Texas, atingido pelas enchentes.
Nenhuma ação oficial estava sendo tomada para acabar com a Fema, e as mudanças na agência provavelmente se resumiriam a um "rebranding" que enfatizaria os papéis dos líderes estaduais na resposta a desastres, informou o Washington Post, citando um alto funcionário da Casa Branca.
A Reuters não pôde verificar a reportagem e a Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Trump, que já havia pedido o fechamento da Fema, visitará o Texas nesta sexta-feira, depois que inundações varreram partes do Texas Hill Country e mataram pelo menos 120 pessoas, com mais de 160 desaparecidas.
Trump sempre disse que queria que os Estados fossem os principais responsáveis pela resposta a desastres. No entanto, quando perguntado por um repórter no domingo se ele ainda planejava eliminar a Fema após as enchentes no Texas, Trump respondeu que esse era um assunto sobre o qual "podemos falar mais tarde".
"O presidente entregou imediatamente os dólares, o Texas já tem esse dinheiro em suas mãos e o governador (Greg) Abbott é o principal tomador de decisões no que diz respeito às enchentes no Texas", disse o funcionário da Casa Branca ao Washington Post.
"É de se esperar que essa estrutura, que vem ocorrendo discretamente, continue", acrescentou o funcionário, de acordo com o jornal.
Trump assinou uma declaração de desastre para o Texas no domingo para liberar ajuda federal para as pessoas afetadas.
As enchentes no Texas, o primeiro grande desastre mortal desde que Trump assumiu o cargo em janeiro, prometendo destruir ou abolir a Fema, foram um lembrete claro do quanto os Estados dependem da agência durante uma crise.
(Reportagem de Shivani Tanna, em Bengaluru)
((Tradução Redação São Paulo))
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