tradingkey.logo

Trump anuncia "Dia da Libertação" com tarifas recíprocas, desafiando comércio global e afetando parceiros como Brasil

TradingKey
AutorJane
11 de abr de 2025 às 13:05
  • O presidente Donald Trump anunciou um plano abrangente de tarifas recíprocas, chamado de "Dia da Libertação", visando países que impõem barreiras desproporcionais aos produtos dos EUA.
  • A medida pode impactar o comércio global, com possíveis retaliações de países como China, União Europeia e Brasil, e aumentar a inflação e as taxas de juros nos Estados Unidos.
  • O Brasil, importante parceiro comercial dos EUA, pode enfrentar desafios no setor financeiro e econômico, especialmente com a possibilidade de tarifas mais altas e barreiras não-tarifárias.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um plano chamado "Dia da Libertação" que introduz tarifas recíprocas a nações que, segundo o governo, impõem barreiras desproporcionais aos produtos americanos. A proposta, que desafia o sistema multilateral da Organização Mundial do Comércio, permitirá que os EUA ajustem tarifas com base no que cada país cobra dos produtos americanos. Este anúncio foi feito em 2 de outubro, após o fechamento dos mercados internacionais.

Analistas destacam que essa abordagem, embora procure igualar tarifas e barreiras não-tarifárias, ignora compromissos multilaterais e pode intensificar disputas comerciais. Países como China, União Europeia, México, Canadá, Brasil, Japão e Coreia do Sul estão na mira das novas tarifas. A China já sofre com sobretaxas, enquanto México e Canadá enfrentam tarifas sobre aço e alumínio. O Brasil, citado diretamente por Trump, corre risco de retaliação devido às suas tarifas médias elevadas.

Globalmente, as tarifas propostas podem provocar efeitos significativos. De acordo com a Bloomberg Economics, a tarifa média dos EUA poderia aumentar até 28 pontos percentuais, impactando o PIB americano em 4% e aumentando os preços em até 2,5% nos próximos anos. O conflito comercial coloca US$ 9,5 trilhões em risco, segundo a Câmara de Comércio Americana para a União Europeia. Países com economias mais resilientes, como China e Índia, poderiam ser menos afetados, mas o impacto nos parceiros comerciais será severo.

Para o Brasil, o impacto imediato no comércio deve ser limitado, conforme análise de economistas do Bradesco e Otaviano Canuto. No entanto, o risco pelo canal financeiro é significativo. As tarifas devem elevar a inflação nos EUA, pressionando o Federal Reserve a manter taxas de juros altas, o que pode afetar o real e encarecer o crédito no Brasil. Isso resultaria em desvalorização cambial e aumento da inflação interna.

Caso as tarifas sejam aplicadas, setores brasileiros como petróleo, aço e aeronaves, que têm os EUA como destino de 12% das exportações, podem ser prejudicados. Um cenário extremo de retaliação poderia levar a uma redução significativa nas exportações e à necessidade de ajustes econômicos internos.

O Brasil enfrenta barreiras não-tarifárias significativas e, apesar de sua capacidade de retaliação ser limitada, busca manter um diálogo aberto com os EUA. Recentemente, a China e a União Europeia reagiram a tarifas americanas com medidas semelhantes. No mercado financeiro, a incerteza aumentou, com empresas alertando sobre custos crescentes e mudanças na produção. Analistas, incluindo os do Goldman Sachs, elevaram a probabilidade de recessão nos EUA para 35%, mencionando a confiança do consumidor e tensões comerciais como principais fatores.

A situação representa um ambiente volátil para o Brasil, com menor demanda global e custos de financiamento mais elevados. Portanto, a abordagem diplomática e cautelosa do Brasil é crucial para mitigar impactos negativos e preservar relações comerciais estratégicas.

Revisado porJane
Aviso legal: as informações fornecidas neste site são apenas para fins educacionais e informativos e não devem ser consideradas consultoria financeira ou de investimento.

Artigos relacionados

tradingkey.logo
tradingkey.logo
Os dados intradiários são fornecidos pela Refinitiv e estão sujeitos aos termos de uso. Os dados históricos e atuais de fechamento do dia são fornecidos pela Refinitiv. Todas as cotações estão em horário local. Os dados da última venda em tempo real para cotações de ações dos EUA refletem apenas as negociações registradas pela Nasdaq. Dados intradiários com atraso de pelo menos 15 minutos ou de acordo com os requisitos da bolsa.
* Referências, análises e estratégias de negociação são fornecidas pela Trading Central, e o ponto de vista é baseado na avaliação e no julgamento independentes do analista, sem considerar os objetivos de investimento e a situação financeira dos investidores.
Aviso de risco: Nosso site e aplicativo móvel fornecem apenas informações gerais sobre determinados produtos de investimento. A Finsights não oferece, e o fornecimento de tais informações não deve ser interpretado como se a Finsights estivesse oferecendo, aconselhamento financeiro ou recomendação para qualquer produto de investimento.
Os produtos de investimento estão sujeitos a riscos significativos, incluindo a possível perda do valor investido e podem não ser adequados para todos. O desempenho passado dos produtos de investimento não é indicativo de seu desempenho futuro.
A Finsights pode permitir que anunciantes ou afiliados realizem, ou forneçam anúncios em nosso site, ou aplicativo móvel, ou em qualquer parte deles e pode ser compensada por eles com base em sua interação com os anúncios.
 © Copyright: FINSIGHTS MEDIA PTE. LTD. Todos os direitos reservados.