Por Yadarisa Shabong e Brigid Riley
7 Mar (Reuters) - O euro estava a caminho de sua melhor semana em 16 anos nesta sexta-feira, uma vez que a perspectiva de reformas fiscais na Alemanha continuam atraindo investidores, enquanto o dólar se mantinha próximo à mínima de quatro meses, antes da divulgação de dados de emprego dos Estados Unidos mais tarde.
A semana tem sido volátil para os mercados de câmbio, principalmente pelas incertezas sobre o comércio e o crescimento econômico dos EUA e por um desenvolvimento fundamental na Europa, já que sua maior economia abandonou suas restrições fiscais para elevar os gastos e impulsionar a atividade.
"Esta semana é um divisor de águas... porque vivemos alguns anos de excepcionalismo do dólar e do crescimento dos EUA", disse Kenneth Broux, chefe de pesquisa corporativa de câmbio e taxas do Société Générale.
Após uma série de dados econômicos mistos dos EUA até agora nesta semana, o foco nesta sexta-feira recai sobre o relatório de emprego de fevereiro, em que os participantes do mercado avaliarão a saúde da economia e suas implicações sobre a inflação e a taxa de juros.
O euro EUR= era negociado a US$1,086325, em alta de 0,72% no dia, a caminho de seu maior salto semanal desde março de 2009.
O índice do dólar =USD -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,53%, a 103,640, próximo de seu pior desempenho semanal desde 4 de novembro, quando Donald Trump venceu a eleição presidencial dos EUA.
"No momento, estamos em uma situação em que os investidores estão comprando quedas no euro/dólar e acho que o relatório de emprego de hoje só pode acelerar esse movimento", disse Broux.
O euro atingiu seu maior nível em quatro meses na sessão anterior, impulsionado pela decisão de juros do Banco Central Europeu e pelo aumento dos rendimentos dos títulos europeus devido à proposta de gastos maciços da Alemanha.
Outro alívio nas tarifas dos EUA impostas a México e Canadá, por sua vez, ofereceu pouco alívio aos mercados. A isenção expira em 2 de abril, quando Trump disse que imporá tarifas recíprocas a todos os parceiros comerciais dos EUA.
((Tradução Redação São Paulo, +55 11 5047-3075))
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