Por Chuck Mikolajczak
NOVA YORK, 6 Jan (Reuters) - O dólar caía nesta segunda-feira em dia de negociações voláteis após notícias conflitantes sobre a agressividade das tarifas planejadas pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, quando ele assumir o cargo.
A moeda norte-americana chegou a cair até 1,07% na sessão em relação a uma cesta das principais moedas depois que o Washington Post informou que assessores de Trump estavam explorando planos que aplicariam tarifas a todos os países - mas apenas em setores considerados críticos para a segurança nacional ou econômica, aliviando preocupações sobre taxas mais severas e mais amplas.
Mas o dólar reduziu a queda depois que Trump negou a reportagem em um post no Truth Social.
"A realidade aqui é que as visões de Trump no Truth Social vão impulsionar a volatilidade do câmbio por um tempo e a reação desta manhã é um indicativo dessa dinâmica", disse Karl Schamotta, estrategista-chefe de mercado da Corpay.
"O consenso do mercado é que o latido de Trump será pior do que sua mordida e qualquer notícia que confirme esse conceito é combustível para a valorização dos ativos de risco e para a queda do dólar e dos rendimentos dos Treasuries, mas a realidade aqui é que os riscos de queda permanecem e não há um ponto final claro para isso."
O índice do dólar =USD, que mede a moeda em relação a uma cesta de pares, caía 0,64%, para 108,26, com o euro EUR= em alta de 0,76%, para 1,0386 dólar. O dólar estava a caminho de sua maior queda percentual diária desde 27 de novembro, com o euro encaminhado para seu maior ganho diário desde 2 de agosto.
O índice do dólar atingiu a maior cotação em dois anos, de 109,54, na semana passada, a caminho de seu quinto ganho semanal consecutivo, já que a resiliência da economia, o potencial para uma inflação mais alta devido às tarifas e um ritmo mais lento de cortes nos juros pelo Federal Reserve sustentaram o dólar.
O iuan chinês CNH= apreciava 0,16% em relação ao dólar, para 7,348 por dólar. O dólar atingiu um pico em 26 meses em relação à moeda na semana passada, já que a China é vista como um dos principais alvos de tarifas de Trump.
((Tradução Redação Brasília))
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