Investing.com – Os preços do petróleo registravam queda no início desta quarta-feira, com investidores monitorando os impactos das tarifas comerciais e o aumento da produção global, enquanto a atenção se voltava para medidas de estímulo na China, maior importador da commodity.
Na terça-feira, os preços do petróleo atingiram a mínima em cinco meses, pressionados por preocupações com a demanda, após o agravamento das tensões comerciais com os EUA impondo tarifas mais altas sobre China, Canadá e México.
O mercado também reagiu a relatos de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) manterá os planos de aumentar a produção a partir de abril, ainda que de forma modesta.
Apesar disso, os preços do petróleo encontraram algum suporte nas perspectivas de estímulo econômico na China. O país estabeleceu uma meta de crescimento de 5% para 2025 e anunciou uma série de medidas para impulsionar a economia. Além disso, dados da indústria indicaram uma queda maior do que o esperado nos estoques de petróleo nos EUA.
Por volta das 9h20 de Brasília, os contratos futuros do Brent, com vencimento em maio, recuavam 1,20%, para US$ 70,19 por barril, enquanto os do WTI caíam 1,61%, negociados a US$ 67,16 por barril. Ambos permaneciam próximos das mínimas de cinco meses registradas no início da semana.
CONFIRA: Cotação das principais commodities
A China manteve sua meta de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 5% para 2025, pelo terceiro ano consecutivo.
A projeção foi apresentada na abertura da reunião anual do Congresso Nacional do Povo, evento político mais relevante do país.
Pequim anunciou um déficit fiscal maior para 2025, sinalizando aumento dos gastos públicos, além de medidas para estimular o consumo doméstico, um dos principais desafios para o crescimento econômico chinês.
O governo também pretende ampliar a emissão de dívida no próximo ano, alocando mais recursos para subsídios ao consumidor.
Dados do Instituto Americano do Petróleo (API) mostraram que os estoques de petróleo nos EUA encolheram cerca de 1,5 milhão de barris na semana encerrada em 28 de fevereiro, superando a expectativa de redução de 0,3 milhão de barris.
Essa leitura normalmente antecipa uma tendência similar nos dados oficiais de estoques, que serão divulgados nesta quarta-feira. Após quatro semanas seguidas de acúmulo excessivo de estoques, a recente redução reforça esperanças de que a demanda por combustíveis esteja se recuperando e de que a oferta nos EUA esteja se ajustando.
No entanto, os preços do petróleo seguem pressionados pela postura de Donald Trump, que voltou a defender o aumento da produção de energia tanto nos EUA quanto no exterior.