Petz (PETZ3) dispara pela segunda sessão consecutiva após acordo com Cobasi

Investing.com – As ações da Petz (BVMF:PETZ3) seguem o movimento de alta após anúncio de acordo para fusão dos negócios com a Cobasi. Com o anúncio na sexta, 16, as ações dispararam 9,28% no dia, e saltam pela segunda sessão consecutiva nesta segunda, 19, com avanço de 18% às 15h23 (de Brasília), com papéis cotados a R$4,45.

De acordo com a Genial Investimentos, o evento é bastante positivo para a companhia e “vem em um bom momento, uma vez que burburinhos de que a transação poderia não acontecer começavam a ecoar no buy-side”.

Após aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a fusão deve criar “um novo gigante brasileiro no mercado pet e traz uma reprecificação de lucro esperado para NewCo já em 2025”, reforçam os analistas Iago Souza e Nina Mirazon, que esperam alguns “remédios antitruste” do órgão regulador, que pode demorar entre 6 e 9 meses para aprovação.

Entre possíveis riscos de execução, os analistas citam possível dificuldade na integração de culturas e questionam se ambas as marcas continuarão coexistindo, se pode haver canibalização entre lojas, qual será o patamar do novo ciclo de caixa, qual a qualidade de estoques da Cobasi, entre outros fatores. Em meio a essas dúvidas, a Genial recomenda posição neutra em Petz, com preço-alvo de R$4,20.

O BTG (BVMF:BPAC11) acredita que todas as atenções estão voltadas para as sinergias dessa transação, que pode levar a um mercado mais racional – hoje muito fragmentado. Por outro lado, o impulso semestral da Petz “continua a azedar”, segundo os analistas Luiz Guanais, Gabriel Disselli e Pedro Lima.

“O estado do mercado de animais de estimação pós-pandemia significou um crescimento mais lento (embora resiliente), enquanto o comércio eletrônico ganhou muito mais participação do que inicialmente esperado. Isto, aliado a uma procura mais fraca para itens não alimentícios e a maturação mais lenta do Zee.Dog, comprado em 2021, impulsionou o fraco desempenho de Petz”. A ação vai se tornando um nome menos atrativo no semestre em meio a um cenário desafiador, mas o BTG ainda indica compra no papel, com preço-alvo de R$5.