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22 de out de 2024 às 08:16
Por Scott Kanowsky e Jessica Bahia Melo
Investing.com -- Os futuros do Dow e do Nasdaq caíram na terça-feira, antes de uma série de novos relatórios de lucros trimestrais de várias empresas importantes. A Texas Instruments estará entre uma série de empresas que divulgarão seus resultados mais recentes, com os investidores interessados em ver se a empresa de semicondutores fornecerá mais informações sobre as perspectivas da demanda por chips durante um aumento no entusiasmo em torno da inteligência artificial. Em outro lugar, quatro dirigentes do Federal Reserve expressaram seu apoio a mais cortes nas taxas de juros, mas parecem divergir quanto ao ritmo das reduções. No Brasil, inicia a temporada de balanços do terceiro trimestre.
VEJA: Calendário Econômico do Investing.com
1. Texas Instruments divulga relatório trimestral
Os futuros de ações dos EUA apontaram para baixo na terça-feira, com os investidores se preparando para uma série de relatórios de lucros corporativos.
Às 7h57 (de Brasília), o contrato Dow futures havia caído 0,38%, o S&P 500 futures perdia 0,48% e o Nasdaq 100 futures recuava 0,63%.
O Nasdaq Composto subiu na sessão anterior, após uma recuperação tardia dos nomes de megacaps de tecnologia, incluindo a designer de chips de inteligência artificial Nvidia (NASDAQ:NVDA). O índice de referência S&P 500 e o índice de 30 ações Dow Jones Industrial Average terminaram em baixa, recuando em relação aos recordes de alta registrados na sexta-feira, com os investidores avaliando avaliações elevadas antes dos retornos trimestrais de muitas empresas importantes.
Enquanto isso, o rendimento de referência de 10 anos do Tesouro dos EUA subiu para a maior alta em 12 semanas.
"O aumento persistente dos rendimentos exacerbou o problema de avaliação das ações, enquanto a barra para o saldo da temporada de lucros [do terceiro trimestre] está mais alta do que antes, graças aos sólidos resultados da última semana - a combinação desses dois fatores ajudou a estimular alguma realização de lucros após a recente alta", disseram os analistas da Vital Knowledge em uma nota aos clientes.
O fluxo de lucros corporativos deve se acelerar na terça-feira.
A fornecedora de motores de aeronaves GE Aerospace, o conglomerado de ciências da vida Danaher Corporation (NYSE:DHR), o grupo de tabaco Philip Morris International (NYSE:PM) e a empresa de telecomunicações Verizon Communications (NYSE:VZ) devem apresentar seus relatórios antes do sino de abertura em Wall Street.
É provável que os números da empresa de semicondutores Texas Instruments também estejam em foco, já que os mercados tentam avaliar as perspectivas para a demanda de chips em meio a um boom de entusiasmo em torno das aplicações de IA.
As ações de chips caíram na última terça-feira depois que a fabricante de equipamentos ASML (AS:ASML), a maior empresa de tecnologia da Europa, projetou vendas e reservas para 2025 abaixo do esperado. Mas o setor se recuperou na quinta-feira, depois que a Taiwan Semiconductor Manufacturing Co. que produz chips avançados usados em aplicações de IA, relatou um salto de 54% no lucro trimestral, superando as previsões, e apresentou uma previsão de demanda otimista.
ACOMPANHE: Calendário da temporada de balanços
2. Perspectiva econômica global atualizada do FMI
Espera-se que o Fundo Monetário Internacional (FMI) atualize suas perspectivas para a economia global na terça-feira.
Em abril, o FMI previu que o crescimento mundial seria lento, mas estável este ano, com a força dos EUA ajudando a compensar a atividade lenta na China e na Europa, bem como o impacto de duas guerras regionais.
O crescimento real do produto interno bruto (PIB) global foi previsto em 3,2% para 2024 e 2025, igualando a taxa de 2023. A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, disse na segunda-feira que espera que a última previsão fique acima de 3%, mas não forneceu um número específico.
Georgieva também alertou que a dor causada pelos preços mais altos "veio para ficar" e sinalizou uma "combinação implacável" de crescimento morno e níveis elevados de endividamento.
Na semana passada, o FMI disse que a dívida pública global deverá ultrapassar US$ 100 trilhões até o final deste ano, impulsionada pelos EUA e pela China. Os altos níveis de endividamento podem provocar reações adversas no mercado e limitar os esforços orçamentários para reagir a choques econômicos, disse o FMI.
CONFIRA: Cotação das ações dos EUA na pré-abertura em Wall Street
3. Quatro autoridades do Fed apóiam cortes nas taxas
Na segunda-feira, quatro formuladores de políticas do Federal Reserve apoiaram novas reduções nas taxas de juros após a decisão do banco central de cortar os custos de empréstimos em 50 pontos-base em setembro.
Entretanto, os comentários dessas autoridades pareceram indicar alguma discordância persistente sobre o ritmo das reduções.
Três deles disseram que uma redução "modesta" ou "gradual" das taxas pode ser justificada devido a uma perspectiva incerta, apesar da resistência contínua da economia dos EUA. No entanto, a presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, sugeriu que as taxas permanecessem "muito apertadas", acrescentando que uma economia forte não deveria impedir mais cortes.
A partir de sexta-feira, as autoridades do Fed observarão um período de bloqueio de comunicações que as impedirá de fazer mais declarações públicas sobre a política monetária até o final de sua próxima reunião, em 7 de novembro.
VEJA: Cotações das commodities
4. Petróleo oscila
Os preços do petróleo oscilaram na terça-feira, já que a incerteza obscureceu o crescimento da demanda global, especialmente na China, o maior importador de petróleo.
Às 7h57, o contrato Brent subiu 0,93%, para US$74,98 por barril, enquanto os futuros do petróleo dos EUA (WTI) foram negociados 1,06% mais altos, a US$70,78 por barril.
Os comentários de Birol - feitos em uma entrevista à Bloomberg - foram feitos depois que tanto a Agência Internacional de Energia quanto a Organização dos Países Exportadores de Petróleo reduziram recentemente suas previsões de crescimento da demanda devido a preocupações com a China.
As tensões no Oriente Médio continuam em foco, já que o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, dirigiu-se à região rica em petróleo para tentar reavivar as negociações para pôr fim ao conflito, o que fez com que os investidores atribuíssem um certo prêmio de risco aos preços do petróleo.
5. Temporada de balanços brasileira
Investidores estão atentos ao início da temporada de balanços no Brasil nesta semana, com Indústrias Romi (BVMF:ROMI3) e Neoenergia (BVMF:NEOE3) divulgando indicadores financeiros do terceiro trimestre nesta terça-feira. Na quinta, reportam seus balanços Vale (BVMF:VALE3), Multiplan (BVMF:MULT3) e Suzano (BVMF:SUZB3), e Usiminas (BVMF:USIM5) fecha a semana, na sexta.
Analistas consultados pelo Investing.com Brasil demonstram otimismo com os dados que serão apresentados. Larissa Quaresma, analista da Empiricus Research, elencou como possíveis destaques positivos ações de bancos como Itaú (BVMF:ITUB4) e Bradesco (BVMF:BBDC4), incorporadoras de baixa renda, shoppings de alta renda e exportadoras de bens industriais, como Weg (BVMF:WEGE3), Randon (BVMF:RAPT4) e Embraer (BVMF:EMBR3).
Na outra ponta, a analista entende que podem ser destaques negativos ações de empresas exportadoras de commodities, com preços no mercado internacional em baixa, empresas com custos dolarizados, diante da alta da moeda americana, além do Banco do Brasil (BVMF:BBAS3), altamente exposto ao setor agro.
Às 7h58 (de Brasília), o ETF EWZ (NYSE:EWZ) perdia 0,43% no pré-mercado.
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(A Reuters contribuiu com a reportagem).