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23 de out de 2024 às 17:36
Investing.com – Em meio a incertezas sobre o ritmo de crescimento da economia chinesa e se os estímulos vão impulsionar a atividade do gigante asiático, preços pressionados do minério de ferro e tratativas para formalização de acordos relacionados a desastres ambientais, a Vale (BVMF:VALE3) apresenta seu balanço referente ao terceiro trimestre nesta quinta-feira, 24 de outubro, após o fechamento do mercado.
Na semana passada, analistas elogiaram, em maioria, os números operacionais da mineradora, com volumes considerados robustos, mas seguem os receios sobre o preço realizado em finos de minério de ferro. Também continua a desconfiança de investidores diante de uma demanda doméstica enfraquecida na China, com efeitos que serão monitorados de perto no relatório.
No segundo trimestre, a Vale reportou uma receita líquida de US$9,920 bilhões, Ebitda ajustado de US$3,993 bilhões e um lucro líquido atribuível a acionistas de US$2,769 bilhões. A expectativa de analistas, de forma geral, é de diminuição nestes indicadores, em meio a pressão nos preços das commodities.
O Vale apresentou produção recorde de minério de ferro no terceiro trimestre, maior nível já registrado desde o final de 2018, levando ao aumento do guidance de produção para 2024.
Este seria o início de uma “reviravolta operacional de vários anos”, segundo o Goldman Sachs (NYSE:GS), que indica compra na ação, com preço-alvo de US$15,5 para ADRs.
A Vale estaria “reescrevendo a narrativa”, disse o BTG (BVMF:BPAC11) ao elogiar os dados operacionais, ainda que siga com recomendação neutra e preço-alvo de US$12 para ADRs, ainda mantendo certa cautela diante da incerteza a respeito da economia chinesa.
“Prevemos mais revisões negativas para a empresa rumo a 2025, à medida que os investidores marcam a mercado um valor materialmente mais fraco de precificação do minério de ferro à frente”, completou o BTG.
Após os indicadores, o Santander (BVMF:SANB11) afirmou que a empresa estaria virando a página e “na estrada novamente”. O banco mantém rating outperform, com preço-alvo de US$18 para ADRs, considerando a empresa como top pick no setor de commodities na América Latina.
Os dados de produção vieram superiores às estimativas do BB Investimentos, que considera que a Vale estaria sendo “bem-sucedida em sua estratégia de busca de um crescimento sustentável no desempenho de suas operações”, apontou a analista Mary Silva, que indica compra da ação, com preço-alvo de R$74.
Apesar de a produção ter sido elogiada, a Genial alerta para uma ressalva: os preços realizados. Os números indicados não teriam sido “tão bons quanto parecem”, na opinião dos analistas. A Genial segue com recomendação de compra, com preço-alvo de R$78,50 para as ações ordinárias e de US$14 para as ADRs.